quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Os Ritos Iniciais da Santa Missa


       Ao tratarmos da estrutura da Santa Missa, temos que ter em mente apenas uma única coisa: a Instrução Geral do Missal Romano - IGMR. Nela, há um capítulo que fala somente sobre toda a estrutura da Missa, seus elementos e partes.

Procissão de Entrada em Missa na Basílica de São Pedro

A Celebração Eucarística no Rito Romano possui duas divisões fundamentais: a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística. Destas, decorrem outras duas: Ritos Iniciais e Ritos finais. Para entender a importância, os elementos e partes de cada uma dessas divisões, veremos semanalmente cada uma. Mesmo no Rito Romano, na forma ordinária da Celebração da Santa Missa, a IGMR trás diversas formas de celebração: Missa com povo, sem diácono ou com diácono; Missa Concelebrada (mais de um celebrante) e a Missa com assistência de um só ministro.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Inclinação na Profissão de Fé - A liturgia do nosso dia a dia

Hoje vamos discutir sobre uma rubrica do Missal Romano que não é muito praticada em alguns lugares, a maioria das pessoas não devem saber e algumas dioceses não encorajam os fiéis a fazer. Estou falando da inclinação profunda durante a Profissão de Fé.

Primeiro, vamos entender o significado da inclinação:
  • Inclinação de cabeça: deve ser feita, entre alguns outros momentos, quando é dito o nome da Virgem Maria nas Orações Eucarísticas.
  • Inclinação de corpo ou Inclinação profunda: deve ser feita para o altar, durante o Credo às palavras "E se encarnou...".

Pela inclinação se manifesta a reverência e a honra que se atribuem às próprias pessoas ou aos seus símbolos. (IGMR 275)

domingo, 27 de outubro de 2013

Quem se eleva será humilhado e quem se humilha será exaltado - Evangelho Dominical (27/10)

Evangelho do 30º Domingo do Tempo Comum (São Lucas 18, 9-14)

"Pois quem se eleva, será humilhado, e quem se humilha, será elevado" (v.14)

Jesus ao contar a parábola nos recorda que não devemos nos deixar tomar pelo sentimento da vaidade, muito menos a religiosa: desprezar nossos semelhantes, achando que nossa postura é irrepreensível, que já estamos salvos, esquecendo que Deus é amor e misericórdia e que quando a Ele pertencemos, devemos nos aproximar e moldar nosso caráter e atitudes às D'Ele.

O fariseu em sua "oração", faz um diálogo prepotente, como se Deus lhe devesse ser grato por sua postura correta, não há amor, nem humildade, na verdade ele julga os outros: "Ó Deus, eu te agradeço, porque não sou como os outros homens, que são ladrões, desonestos, adúlteros, nem como esse cobrador de impostos. Eu faço jejum duas vezes por semana e dou dízimo de toda a minha renda". (v. 11-12).



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Os Ritos Litúrgicos


[...] No cristianismo, o rito litúrgico tem um sentido profundo, santíssimo e bem claro: na força do Espírito Santo, aqueles gestos, palavras e símbolos tornam realmente presente o mistério da nossa redenção: colocam no PRESENTE da nossa existência com toda a sua força salvadora os santos mistérios salvíficos ocorridos no PASSADO e já nos antecipa a plenitude da salvação que se manifestará sem véus nem limitações no FUTURO. 
Portanto, na Liturgia cristã não há cerimônias; há ritos sagrados; não há coreografias, há gestos salvíficos.[...](Trecho do texto de Dom Henrique Soares da costa, retirado do site Salvem a Liturgia!)

A partir de hoje começaremos uma série de posts relacionados aos Ritos da Sagrada Liturgia. Hoje, além da Igreja Católica Apostólica Romana, há outras Igrejas que estão em plena comunhão com o Papa e a Igreja de Roma, cujo clero e membros são plenamente Católicos. Os ritos que compõem suas Liturgias são tão válidos e como Rito Romano.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A Liturgia celebrada pelos primeiros cristãos



Inicialmente, as primeiras comunidades cristãs não estavam totalmente estruturadas. Os bispos e diáconos são mencionados de passagem e não se sabe ao certo as funções que eles exerciam. Alguns textos do novo testamento como em Hebreus 5,1-4 relatam a figura do sacerdote, mas não os especificam como representantes oficiais padres ou vigários. Conforme os relatos encontrados na Didaqué, espécie de catecismo dos primeiros cristãos, as comunidades viviam em perene clima familiar, onde tudo era repartido em comum e demonstravam claramente que reconheciam todas as coisas como graça e dom de Deus.

domingo, 20 de outubro de 2013

Orai sem cessar - Evangelho dominical (20/10)

Evangelho do 29º Domingo do Tempo Comum (São Lucas 18, 1-8)


Jesus contando-nos esta parábola nos conforta, no que diz respeito a nossos pedidos a Deus. O juiz na parábola é um homem que não tem temor a Deus, agindo de maneira injusta com quem mais precisa; a viúva persiste em solicitar justiça e é ouvida.

A insatisfação com alguma realidade ou situação nos preenche de um sentimento único de indignação, que gera insistência e perseverança. Nós ao pedirmos algo a Deus, devemos persistir, clamar por seu auxílio; se nos desanimarmos, estaremos por nos acomodar com a injustiça, e como filhos de Deus não podemos nos conformar com a injustiça.


sábado, 19 de outubro de 2013

Solenidades, Festas e Memórias: qual a diferença?

Com certeza em algum momento, você, leitor, deve ter se deparado com essa duvida: mas qual é a diferença (principalmente) entre Festa e Solenidade? E as Memórias?
E também muitas vezes nós nos perguntamos porque a Santa Missa do domingo não celebra especialmente algum santo de nossa devoção...
E é justamente sobre isso que vamos falar hoje.

A primeira coisa que se deve saber é que são três as categorias: Solenidade, Festa e Memória (a Memória pode ser Obrigatória ou Facultativa).

Vamos entender: as três categorias possuem um grau de importância e o que diferencia uma da outra geralmente é a presença ou a ausência de alguns elementos litúrgicos.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

16/10 - Santa Margarida, exemplo de Santidade e amor a Jesus Sacramentado

Eis aquele coração que tanto amor tem pra dar
Mas este povo rejeita, Margarida vai anunciar
Margarida tão jovem ainda, sofrendo grande humilhação
Escreveu seus pecados e faltas pra ler na confissão

Margarida Maria Alacoque monja da visitação
Nomeada mestra das noviças tinha uma grande missão

Margarida Alacoque nasceu no dia 22 de julho de 1647. Em 20 de junho de 1671 entra pra o Convento da Visitação. Morre em odor de santidade em 17 de outubro de 1690. Aos 18 de setembro de 1864 é declarada Bem Aventurada pelo Papa Pio IX e em 13 de Maio de 1920 é declarada Santa pelo Papa Bento XV.

A intenção deste texto não é contar a história de Santa Margarida. Existe sua autobiografia. A intenção aqui é retratar o quão a jovem amou a Cristo na Eucaristia, mais do que a sua própria vida. E nos ensina a verdadeira missão de todo Católico Apostólico Romano.

Como todos os Santos da Igreja Católica, Margarida não teve vida fácil. Perdeu o pai cedo, cuidou da mãe doente e sofreu perseguição de pessoas que queriam dominar sua vida. Foram 19 anos dentro do convento sofrendo perseguições e doenças misteriosas.

A canção diz “Eis aquele coração que tanto amor tem pra dar”. Esse coração é dado em perfeita gratuidade a Margarida. Coração ardendo de paixão e amor pela humanidade hipócrita, imunda e ingrata. Mas o Sagrado Coração de Jesus se consome em amor. E essa é a missão de Margarida: propagar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, que se consome em amor.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A liturgia dos sacramentos e a vida cristã


O centro de toda a vida cristã está na Eucaristia e na celebração dos Sacramentos. O Concílio Vaticano II (cvII), na constituição Sacrosanctum Concilium, ensina que especialmente pelo sacrifício Eucarístico se opera a nossa redenção. Cristo, o enviado do Pai está presente nas ações litúrgicas da Igreja e opera na pessoa do sacerdote ordenado, se faz presença nas espécies do pão e do vinho e é ele mesmo o altar do sacrifício, “sacrifício de si mesmo”.

Sendo a Eucaristia o ato central para a vida do cristão, em nada exclui e nem diminui a importância dos demais Sacramentos da Igreja que santificam as várias circunstâncias da vida humana. Assim, a Liturgia dos Sacramentos transporta as graças divinas aos que se dispõe a recebê-las conforme orienta e instrui a santa mãe Igreja. Pode-se dizer que a Liturgia norteia toda a vida do cristão, e em cada momento específico da vida nos transmite as graças de Deus pelos gestos e ritos específicos de cada sacramento.

Não é possível ser um verdadeiro cristão sem experimentar as graças que abundam dos ritos e gestos da celebração dos Sacramentos. Neste ponto é importante olhar para cada gesto litúrgico nas celebrações específicas dos Sacramentos e suas particularidades. No rito do Batismo existem os sinais da água, do óleo, do sal e da luz que caracterizam a morte para o pecado original e o convite de adentrar na vida cristã pelo compromisso de ser sal da terra e luz do mundo conforme nos orienta o Evangelho. Tais sinais que caracterizam o Batismo denotam como deve ser a vida do cristão: uma constante morte para si mesmo e um ressurgir para Cristo, uma fuga do pecado, vigília constante e por fim um verdadeiro discípulo missionário.

O Sacramento da Confirmação coloca em evidência a ação do Espírito Santo que guia e conduz a vida da Igreja e do cristão. Por que não dizer que a celebração do Sacramento da Confirmação é participar do Pentecostes e do nascimento da Igreja que tem como missão o “ide e a todos anuncia a boa nova do Evangelho?”. A Liturgia da Confirmação trás implícita em si um caráter de questionamento, compromisso e busca provocar o efeito missionário em quem o recebe. E por isso a Igreja recomenda que seja ministrado aos jovens que na força de sua juventude busquem empenho no conhecimento do Evangelho e prática na comunidade cristã.

Tendo mencionado o Sacramento da Eucaristia acima, ressalto ainda sua importância litúrgica na perspectiva da participação dos fiéis em torno da mesa da palavra e do pão. Jesus se faz alimento pela sua palavra e nas espécies consagradas do pão e do vinho, e assim nos confirma que o alimento para a missão é Ele mesmo. É o contato e a intimidade com seu corpo e sangue que nos fortifica para o desafio de fazer sua palavra conhecida e amada entre todas as nações. A centralidade de toda a Liturgia da Eucaristia é o próprio Cristo que nos reúne e nos alimenta com sua palavra e com o seu próprio corpo e sangue.

Nós não somos perfeitos e nem temos a completa razão e domínio sobre as coisas que nos acontecem e por vezes caímos no erro, no pecado e nas omissões. Este acontecimento perdura por toda a vida humana até o término de sua peregrinação terrestre. Em nossa humanidade tão frágil, vem no nosso auxílio o Sacramento da Reconciliação. Aí está uma das mais bela e singular Liturgia: a Liturgia do perdão. Este é um momento de sinceridade, escuta verdade e sobre tudo misericórdia e muito amor. Temos o gesto do sacerdote que ouve atentamente e absolve os pecados em nome da Igreja e conforme o próprio mandamento de Jesus. Lembro aqui uma das palavras mais bonitas do Papa Francisco: “Deus não se cansa de perdoar, somos nós que muitas vezes nos esquecemos de pedir perdão”.


Essencialmente cada um de nós é chamado a viver e testemunhar o Cristo por meio de nossa vocação específica. Aqui entram os dois Sacramentos da maturidade da fé e do compromisso com os irmãos: Ordem e Matrimônio. Tais Sacramentos têm em comum a responsabilidade para com o próximo, seja ela para o conjugue ou para o povo que lhe é confiado. Tal compromisso não exclui e nem diminui os primeiros votos de fé assumidos no batismo e reafirmados pelo sacramento da confirmação. Especialmente na Liturgia do Matrimônio é feito a benção das alianças que mostram claramente este compromisso e essa responsabilidade para com seu conjugue. Durante a celebração do Sacramento da Ordem temos o rito da imposição das mãos, rito a muito prescrito na história da Igreja e que deriva desde o tempo apostólico indicando sua legitimidade e responsabilidade por serem aqueles que estarão à frente da Igreja. Fica evidente, portanto, nestas duas Liturgias um compromisso assumido e uma responsabilidade a ser exercida e que demonstram a maturidade da fé do cristão e seu compromisso com a comunidade.

Nossa peregrinação terrestre tem um objetivo: a morada eterna na casa do Pai. Tal morada já nos foi preparada e está ao nosso alcance pelos méritos de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. Evidente que existe uma Liturgia sacramental que nos prepara para esse encontro com o Cristo e concede forças aos nossos corpos que padecem dia a pós dia conforme a natureza. A Unção dos Enfermos não é somente um dizer que a vida já está no seu término, mas antes de tudo, diz que o Cristo nossa ressurreição está conosco em nossas angústias e dores trazidas pela doença ou mesmo pela idade avançada. A Igreja não poderia estar ausente em um momento tão singular da vida humana como este e nem poderia deixar de dar o seu conforto que é transmitida especialmente por este sacramento de esperança e força. Esta Liturgia é uma das mais bonitas e significativas, pois trás consigo a esperança na ressurreição e o conforto em Cristo após nossa jornada em vida. Temos o rito litúrgico da unção com o óleo dos enfermos que trás como sentido o balsamo que nos livra de toda dor, fraqueza e enfermidade pela ação do Espírito Santo.


Por fim, o ser humano possui várias características como a alegria e a raiva, a doença e a enfermidade, a vida jovem e a vida adulta e apresentam ainda contradições visíveis como a vida e a morte. Evidente que pode nos vir a pergunta: Quem é o homem? E ainda mais quando olhamos as várias Liturgias que circundam a vida humana podemos perguntar de maneira mais profunda: Quem é o homem para que Deus o trate assim com tanto carinho? Tal questionamento os Salmos nos apresentam e acrescenta que pouco abaixo dos anjos fomos formados. Não é meu interesse aqui responder a esta pergunta, mas convidar a olhar e refletir de maneira mais profunda este imenso amor com o qual somos amados por Deus e pelo qual se manifesta nos Sacramentos que acompanham nossas vidas desde o seu início até o término. É claro que a Liturgia nos possibilita participar desse imenso amor e nos conduz a salvação.

Como vamos olhar as várias Liturgias a partir de agora? Com qual responsabilidade vamos nos dispor para que as graças de Deus possam alcançar a vida das pessoas através da Liturgia? Que seja as nossas vidas, palavras e ações uma constante Liturgia de louvor, suplica e agradecimentos a Deus pelo dom da vida e a possibilidade de um dia contempla-Lo na glória sem fim dos céus, a Liturgia celeste.



Por Allan Felipe


domingo, 13 de outubro de 2013

Os três passos para uma fé madura - Evangelho dominical (13/10)

Evangelho do 28º Domingo do Tempo Comum (São Lucas 17, 11-19)


O ponto principal desta passagem é a fé do samaritano. Uma fé madura: nasceu na esperança ("Jesus, Mestre, tem compaixão de nós" v.13), cresce na obediência ("Vão apresentar-se ao sacerdote" v.14) e se manifesta na gratidão ("Jogou-se no chão, aos pés de Jesus, e lhe agradeceu" v.16).

Assim sendo, o samaritano não é apenas curado, mas é salvo ("Levanta-se e vá. Sua fé o salvou" v.19). O samaritano chega a plenitude de sua vida ao reconhecer em Jesus o amor do Pai, a descobrir uma nova vida, onde a alegria e gratidão são e gerarão atitudes espontâneas de amor e paz. A vida que Jesus nos apresenta é uma vida em plenitude, em abundância, porém ela pede uma mudança interior fundamental que é uma livre escolha, para a graça desta vida gratuita.

Jesus está disposto a nos curar de todas as nossas doenças, de nossa depressão, da nossa baixa auto estima, da solidão, do sofrimento, etc., porém para que sejamos completamente curados, precisamos crer em sua Palavra, reconhecer nossa pequenez, que somos pecadores e agradecer por tudo, como nos ensina São Paulo "Em tudo dai graças ao Senhor".

sábado, 12 de outubro de 2013

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil







A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D.Pedro de Almeida e Portugal , Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto-MG.

Convocado pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram a procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu. João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou novamente a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem. Daí em diante os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores.


              Durante 15 anos seguidos, a imagem ficou com a família de Felipe Pedroso, que a levou para casa, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para rezar. A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante a imagem.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Outubro - Mês das Missões

No mês de outubro a igreja celebra o mês das missões e nos convida ser missionários. Mas o que é missão e ser missionário? Ou melhor, qual é minha missão e como posso ser missionário? Todos se deparam com essas perguntas, e as respostas nem sempre são claras a primeiro momento! Não é verdade?

O Senhor nos atesta que antes de sermos gerados no ventre de nossa mãe, Ele já havia nos incumbido de uma missão, isso significa que antes da concepção recebemos o chamado de Deus. Isso fica claro em Jr 1,5 – 8 quando o profeta Jeremias toma conhecimento de seu chamado e é ENVIADO às nações que o Senhor designar, e esse será o ponto-chave desse Mês.


A palavra Missão vem do latim "mitto" e significa "enviar”. No dicionário diz que é encargo, poder dado a alguém para fazer alguma coisa.

No batismo somos incumbidos oficialmente a sermos missionários e nossa missão nada mais é do que ser "luz do mundo e sal da terra" e ainda mais como nosso Senhor Jesus nos ordena em Mc 16,15: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda Criatura”. Através dessa missão, Cristo deixa claro Sua vontade de que todas as pessoas de geração em geração proclamem, conheçam e vivam o evangelho. E quando Cristo declara A TODA CRIATURA, são todas mesmo, sem distinção. Lembrem-se: a nossa missão nasce antes mesmo de sermos gerados. Ser missionário é um convite para eu e você. Mt 9,37 vem nos dizer “A messe é grande e os operários são poucos”.

Missionário é aquele que aceita a missão e anuncia o Evangelho, não somente de porta em porta, realizando grandes pregações ou até mesmo viajando o mundo anunciando a Boa Nova, e sim testemunhando com sua vida os ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo. Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada face, padroeira das missões, no qual celebramos dia 1° de outubro, jamais saiu do Carmelo, não fez grandes viagens, mas seu amor a Jesus Cristo e o ardor missionário conquistou milhares de almas para Deus através de seus escritos e exemplo de vida.

Missionário é aquele que está disposto a sair do comodismo e da terra desconhecida, como Abraão, como os apóstolos que deixaram tudo e seguiram Jesus – “A quem iremos se só Tu tem palavras de vida eterna?”, como os profetas que anunciavam e anunciam com destemor, ou simplesmente ser como Santa Teresinha que não saiu do Carmelo.

A Virgem Santíssima em poucas palavras nos ensina o que é ser um verdadeiro missionário “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” Lc 1, 38, como em Jo 2, 1-12 onde nas bodas de Caná ela nos ensina que ser missionário é anunciar aonde estiver Jesus Cristo, fazer tudo que ele disser, e no final do anúncio todos crerem Nele.

Portanto, missão é envio, ser missionário é aceitar ser enviado, nossa missão é anunciar o Evangelho. Posso ser missionário dizendo sim e assumindo onde estiver que Jesus Cristo deve ser conhecido através das pregações e da nossa vida. Tenhamos uma vida de testemunho do amor de Deus!

Por Alessandra Santos


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Cores litúrgicas - A liturgia no nosso dia a dia

Hoje vamos discutir sobre as cores litúrgicas.

Cores e liturgia

A Liturgia é a ação do povo de Deus, que é expressada e sentida pelos nossos cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar.
Através da visão, conseguimos distinguir a variação dos tempos litúrgicos através das cores litúrgicas.
As diferentes cores das vestes sagradas visam manifestar externamente o caráter dos mistérios celebrados, e também a consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do ano litúrgico.
IGMR 345

Significado

As diferentes cores litúrgicas expressam exteriormente o sentido das celebrações litúrgicas.
Aplicando um exemplo em nosso dia a dia: as cores de roupas que usamos. Dependendo de algum sentimento ou situação que estou vivendo no momento, uso alguma determinada cor. Dependendo do clima ou da estação, usamos outra cor. As cores, no caso dos exemplos e da liturgia, deixa transmitir aos sentidos seus significados de acordo com o que estamos vivenciando.

Então uma coisa já sabemos: as cores ajudam a expressar o que estamos vivenciando, expressam visualmente o significado de algum momento.

Como são usadas

Geralmente, as cores litúrgicas do dia ou tempo específico são usadas em alguns paramentos, como a estola, a casula, a capa pluvial e o véu umeral dos sacerdotes e a dalmática dos diáconos.

Obs.: "O altar deve ser coberto com pelo menos uma toalha de cor branca" (IGMR 117). Independente do tempo, festa ou memória celebrado, a cor da toalha do altar deve ser branca. Podem acontecer casos onde a toalha é branca com algum detalhe na cor do tempo, mas isto não é previsto no Missal Romano.

Cores

Uma coisa muito importante é que nas Instruções Gerais do Missal Romano (IGMR), no número x, prevê quais são as cores permitidas para as diversas celebrações do ano litúrgico. São elas: Branca, Verde, Vermelha, Roxa, Rosa e Preta.

Branco

O branco simboliza alegria, paz, pureza, ressurreição, vitória. Por isso é que ele pode ser usado em missas do Tempo Pascal (inclusive na Vigília Pascal) e do Natal do Senhor, nas festas e memórias do Senhor (exceto as da Paixão), nas festas e memórias da Bem-aventurada Virgem Maria (na Assunção de Nossa Senhora, por exemplo), dos Santos Anjos, dos santos não-mártires, nas solenidades de Todos os Santos (1º de novembro), de São João Batista (24 de junho), nas festas de São João Evangelista (27 de dezembro), da Cátedra de São Pedro (22 de fevereiro) e da Conversão de São Paulo (25 de janeiro), nas bênçãos fora da missa e na exposição do Santíssimo Sacramento. Pode ser usado também em celebrações que se utiliza outras cores, quando se celebra com mais solenidade (IGMR 346).


A cor branca também é usada nos sacramentos do Batismo, do Matrimônio, Ordenação e Unção dos Enfermos.
Então, caso aconteça o Rito do Batismo ou do Matrimônio durante a missa, o padre deve estar usando paramentos na cor branca. Caso a cor litúrgica do dia seja diferente, por exemplo verde, ele deve trocar para a cor branca no momento do Ritual.

Pode ser que a cor branca seja substituída pelo dourado, dependendo do grau da solenidade. Geralmente os paramentos brancos possuem detalhes em dourado também.

Vermelho

O vermelho representa o fogo do Espírito Santo, o amor e o sangue. Por estes motivos é utilizado nas festas de Pentecostes, dos Santos mártires, no Domingo de Ramos e na Sexta-feira da semana santa e na festa natalícias dos Apóstolos e Evangelistas (exceto São João).






Verde

O verde, por simbolizar a esperança, é utilizado no Tempo Comum - 1ª parte (após o tempo do Natal até a terça-feira antes das cinzas) e 2ª parte (até o sábado antes do 1º domingo do Advento).

No Tempo Comum nós vivemos na esperança da vinda de Cristo. Está ligado também ao crescimento, ao esperar, ouvir e acolher Jesus.


Roxo

O roxo na quaresma significa penitência, recolhimento interior. No Advento significa recolhimento, purificação da vida. Assim como acabamos de ver, o roxo é usado no Advento e na Quaresma.

Além desses dois tempos, pode ser usado nas Missas dos Fiéis defuntos. Também é utilizada a cor roxa quando o sacerdote confessa um fiel.



Cardeal Ratzinger

Preto

O preto na liturgia significa luto, tristeza e morte. Por isso é usado nas Missas dos Fiéis defuntos, mas apenas onde é de costume.

No Brasil o mais comum é que se utilize a cor roxa no lugar da cor preta.


Rosa

O rosa simboliza a alegria um tanto quanto contida. Isso porque pode ser usada somente em duas ocasiões: no 3º Domingo do Advento (Gaudete) e IV da Quaresma (Laetare). É opcional, nestes dois domingo podem ser usados também a cor roxa.

As palavras Gaudete e Laetare, que vem do latim, significam quase a mesma coisa: alegria, são o Domingo da Alegria. É como se significassem "Alegra-te e rejubila-te". Os dois domingos que possuem esses nomes são uma "pausa" prevista na liturgia para lembrar que a Alegria está chegando, uma grande festa está por vir.

Cores não previstas no Missal Romano

Um assunto muito discutido é sobre o uso da cor Azul na liturgia.

O Azul não está previsto na IGMR, porém em 1864 o Papa Pio IX concedeu à toda Espanha o uso da cor azul na Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria. Isso porque a Espanha contribuiu grandemente na definição deste dogma da Igreja Católica. Um pouco depois, este privilégio foi estendido para os países que foram colônias espanholas, à Áustria, aos carmelitas e alguns santuários marianos.

Ressaltamos que o Brasil não possui este privilégio. Porém, a cor azul pode ser usada nos detalhes dos paramentos brancos.


Ficou com alguma dúvida? Entre em contato com a gente!


Por Vitor Santos

Fontes:
- Missal Romano
Pílulas Litúrgicas e Paróquia N. Sra. Aparecida.


domingo, 6 de outubro de 2013

Simples servos de Deus - Evangelho dominical (06/10)

Evangelho do 27º Domingo do Tempo Comum (São Lucas 17, 5-10) 

Fé e Atitude, é isso que o evangelho nos mostra. Convite para reconhecer nossa pequenez e acolher com gratidão os dons concedidos por Deus. 



No começo do evangelho os apóstolos pedem ao Senhor: “aumenta a nossa fé!” (Lucas 17, 5), eles assim como nós, perceberam quão fraca é a nossa fé em Deus, perante a situações adversas; nossas fraquezas e misérias parecem maiores do que nós, então clamamos a Deus uma fé maior e mais forte, alegre e generosa, pronta para testemunha-lo e servi-lo. Jesus responde ressaltando a importância da fé, utilizando um grão de mostarda (menor das sementes que ao ser plantada torna-se uma grande árvore) metáfora que nos recorda que não há limites para a graça de Deus, que mesmo que tenhamos uma fé pequena ele nos fará concretizar coisas grandiosas. 

O servo indica-nos como deve ser nossa relação com Deus. O foco da parábola não é a de um Deus como um patrão que manda, insensível ao ponto de não agradecer o esforço de seus servos, fazendo-os sobreviver de migalhas, mas sim da relação de agradecimento e livre subordinação do servo para com o seu senhor. 

Compreender a relação entre Deus e nós é ser consciente dos nossos deveres para com Ele, o que não é uma tarefa árdua: "pois meu jugo é suave e meu fardo é leve" Mateus 11, 30; sendo fiel a nossa vida, capacidades e dons. 

Cumprir a vontade do Senhor não significa ter privilégios, pois apenas estamos fazendo nosso dever; Deus se alegra com nosso esforço de sermos mais santos, porém isso não faz com que Deus fique em débito conosco; nós é quem precisamos de sua graça, sua presença, seu amor. Somos simples servos e devemos cumprir com amor nossa missão.


Por Daiane Alcântara


sábado, 5 de outubro de 2013

Meu Senhor e meu Deus - Música da semana

O evangelho desse domingo começa com um pedido dos apóstolos para Jesus: Aumenta a nossa fé!

Mas o Senhor responde: "Se vós tivésseis fé, mesmo que pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: 'Arranca-te daqui e planta-te no mar', e ela vos obedeceria".

Isso nos faz pensar que a fé não tem medidas. Não importa se ela é pequena, muito pequena, pois ela é capaz de transformar a nossa vida. Jesus nos convida a apenas ter fé. E esse é o segredo: basta ter fé.

Conto-lhes uma pequena historia: Certa vez, numa região muito seca, aonde nao caia um so pingo de água do céu ha muito tempo, o padre de uma pequena igreja convidou aos fiéis, num dos dias ensolarados, a rezarem uma missa para que chovesse. Ao terminar a missa, o padre disse: "Povo sem fé! Nao adiantaria rezarmos missas para que chova se vocês nao tiverem fé."

"Mas por quê diz isso padre?" perguntaram-lhe. E ele respondeu: "Se estão a rezar por chuva, porque é que nenhum de vocês trouxe um guarda-chuva sequer?"

Por mais que a gente queira acreditar em certas coisas, por mais que a gente queira crer sem ter visto, pode ser que ainda não tenhamos depositado todas as nossas fichas em nossa fé...

Por isso, vamos pedir a Deus, autor de toda a fé, que aumente a nossa fé. Meu Senhor e meu Deus, eu creio, mas aumenta a minha fé!

A música desta semana é do grupo Mensagem Brasil, e se chama Meu Senhor e meu Deus!




Acompanhe a letra aqui.

Por Vitor Santos


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

04/10 - São Francisco de Assis

Giovanni di Pietro di Bernardone, nasceu em Assis, na Úmbria – Itália em 1182, jovem prepotente, vaidoso e muito rico passava seus dias a satisfazer-se, apaixonado por cavalaria alistou-se como soldado na guerra que Assis enfrentava em 1202 , mas foi capturado e permaneceu preso, à espera de um resgate, por cerca de um ano. Ao ser libertado caiu doente, com episódios de febre que duraram quase todo o ano de 1204, onde ouviu, segundo a versão da Legenda trium sociorum, uma voz a dizer: "Giovanni, quem te pode ser de mais proveito? O senhor ou o servo?" Como Francisco respondesse: "O senhor". Ouviu novamente a voz: "Então por que deixas o senhor pelo servo e o príncipe pelo vassalo?". Confundido, Francisco disse: "Que queres que eu faça?", e a voz replicou: "Volta para tua terra, e te será dito o que haverás de fazer. Pois deves entender de outro modo a visão que tiveste". Francisco não sabia mas a partir do seu regresso Giovanni deixaria de existir. 


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

02/10 - Santos Anjos da Guarda


"É a Vós que glorificamos,
ao louvarmos os Anjos, que criastes
e que foram dignos de Vosso amor.
A admiração que eles merecem
nos mostra como sois grande
e como deveis ser amado
acima de todas as criaturas."
(Trecho do Prefácio dos Anjos, Missal Romano)

terça-feira, 1 de outubro de 2013

01/10 - Santa Teresinha do Menino Jesus


"...pela confiança e pelo amor". (História de uma alma)

Teresa, nascida na França em 1873, viveu o amor de Cristo até os 24 anos de idade. Cresceu rodeada de carinho pelos pais e suas irmãs. Tinha enorme vontade de comungar desde os seis anos de idade. 

Ela sentia um forte chamado para amar Jesus de um modo especial: entrar no convento, mas não tinha idade suficiente. Tantas foram suas insistências para conseguir a autorização do bispo e até do papa. 

Enfim, com apenas 15 anos de idade, conseguiu entrar para o convento, onde viveu com humildade, simplicidade e a confiança de Deus. Após tomar seu hábito de freira, adotou o nome de "Irmã Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face".

Muitas foram as provações pelas quais Teresa passou, mas sempre desejou sofrer por amor.

Maria na Liturgia da Santa Missa


Maria, porto seguro da fé, não poderia ser esquecida no Sacrifico da Santa Missa, pois ela esteve aos pés da cruz e lá também sofreu as dores em favor da humanidade pela participação no sofrimento de seu amado filho. Em Maria está o exemplo de como ser um verdadeiro discípulo missionário, em várias citações bíblicas ela esteve presente como àquela que ouve e se atenta aos ensinamentos de seu mestre, “sangue do seu sangue”. Maria, geradora do gerador de todas as coisas, primeiro sacrário da humanidade e a primeira a comungar o próprio Deus. Por tais méritos, ela não poderia deixar de participar da súplica da Igreja pela salvação de seus membros, pois sendo mãe, conhece bem o seu dileto filho, e melhor nos pode recomendar a Ele.

As súplicas e intercessões de Maria durante a Missa são sempre acompanhadas das citações em conjunto com o povo de Deus da Igreja triunfante em favor dos peregrinos da Igreja militante. Na Oração Eucarística I (Cânon Romano) Maria é venerada como mãe de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo, juntamente com São José seu venerável esposo, com os Apóstolos, e os santos que formam a Igreja triunfante na eternidade. Esta veneração a Maria e aos santos de Deus, pede pelos seus méritos e preces a constante proteção sobre os que caminham e lutam no dia-a-dia da vida terrena, caminhando rumo a esta mesma pátria comum dos vitoriosos em Cristo.

Durante a Oração Eucarística II, no momento das intercessões em favor de todo o povo de Deus, menciona-se o pedido de participar da promessa feita a nossos pais na fé, participar da vida eterna. E ainda mais, a Igreja acrescenta “junto da bem aventurada Virgem Maria”. A presença de Maria nas Orações Eucarísticas remete ao culto prestado a sua dignidade de mãe do filho de Deus e de sua presença aos pés da cruz, uma vez que o sacrifício da Santa Missa é o mesmo sacrifício do Calvário. Lembro aqui uma das palavras que Santo Padre Pio disse sobre como devemos participar da Santa Missa, “agir como Maria aos pés da cruz e o discípulo amado, João”.

“Participar com Maria na vida eterna” significa assumir em vida, no hoje e no agora, o mesmo compromisso de seguir a vontade de Deus pelo bem e salvação de seu povo. Maria quando disse sim jamais pensou somente em si, mas trouxe em seu coração as promessas de salvação pelo cumprimento da vontade de Deus através da vinda de seu filho, o Nosso Redentor.


Estar com Maria na vida eterna, junto com os Santos de Deus, é assumir o verdadeiro louvor das criaturas ao seu criador pela sua bondade sem limites e sua palavra que não passa sem fazer o efeito necessário. Maria na sua peregrinação terrestre ouviu essa palavra, assumiu e deu testemunho, pois essa palavra era Ele mesmo, o nosso salvador feito homem. Vida eterna com Maria é, portanto a plenitude da vida cristã, e gozar da alegria de ter sido fiel a Deus e a sua palavra. Na vida eterna a contemplação e glorificação de Deus é o ato máximo da perfeição de sua criatura onde ela se preenche ao estar com seu criador. Em Maria contém o exemplo da perfeição das criaturas pelo fato de acreditar até o fim na palavra de Deus e no seu agir que não se divergem. Maria é aquela que amou a Deus em vida e o ama mais intensamente no céu, permanece em constante súplica pelos peregrinos na terra e por isso a Igreja militante a aclama com o desejo de “estar junto dela na vida eterna”.

Durante a Oração Eucarística III existe a súplica a Deus para que sejamos uma “oferenda perfeita” e assim alcançar a vida eterna com Maria e os Santos. Ser uma oferenda perfeita significa ter o mesmo desejo de assumir a vontade do Criador em favor de sua criatura a exemplo de Maria e dos Santos que em vida O amaram sem fim. A vida de Maria foi uma oferta de louvor a Deus, a vida dos santos foram sacrifícios agradáveis ao criador e são para nós sublime exemplo de seguimento. Cada Santo com um chamado diferente, uma vocação única e singular. Isso significa que compreenderam sua existência e alcançaram o sentido de seguir a vontade de Deus em suas vidas. Ser uma oferenda perfeita é dar ouvidos ao chamado que Deus faz a cada um em sua unicidade. Vocação aqui é entendida como “oferenda agradável a Deus”. Qual a vontade de Deus em nossas vidas? O que Ele quer de nós? Maria soube dar ouvidos a essa voz, entendeu sua vocação, deu respostas a esses questionamentos que todos um dia se defrontam e por isso se tornou uma oferenda perfeita.

Nas Orações Eucarísticas IV e V as súplicas são pela participação na vida eterna junto de Maria Santíssima a exemplo do que meditamos anteriormente, salvo a Oração Eucarística IV que antes da aclamação “Santo, Santo, Santo” Maria é venerada como virgem, "Virgem Maria” da qual nasceu o “verdadeiro homem” que não provou o pecado, viveu as condições humanas e aos pobres anunciou a salvação. Maria é a mãe do “verdadeiro homem”, ela é a “Virgem” pura e sem máculas pelo seu santíssimo filho, pois não há como o puro nascer do impuro, e por essa razão, fora preservada da herança pecado original e assumiu tal dignidade de “Mãe de Deus” através da vontade do próprio Deus. Jesus o Verdadeiro Homem para a salvação do gênero humano e Maria, a virgem pela pureza de seu filho, Nosso Salvador e Redentor, e exemplo do seguimento da vontade de Deus conforme nossa vocação específica e única.


Por fim, a Igreja é a barca de São Pedro que navega os mares denominados séculos e é guiada por uma estrela chamada Maria, a Stella Maris (estrela do mar). Olhar para essa estrela que guia é entender que lá está a segura orientação para uma vida cristã autêntica e eficaz. Maria é a luz que brilha em meio as trevas da falta de fé e é o porto seguro para ancoragem da fé, pois viveu intensamente o seguimento do Mestre Jesus Cristo, seu próprio filho. Tais considerações e muitas outras levam a Igreja a jamais se esquecer de tal porto seguro da fé que é Maria, e sobretudo durante a Santa Missa, Sacrifício do Calvário, mencionar o desejo de participar com ela das promessas da vida eterna. Certamente Maria olha por todos os que vivem a fé e tem esse mesmo desejo de um dia estar com ela nos céus. Não seria exagero e nem erro dizer “quem me dera poder estar agora nos céus com Maria e os Santos”, pois em tal desejo devemos sustentar nossa peregrinação terrestre e assim conseguir essa graça da plenitude da criatura junto do seu criador.

Que a Celebração da Eucaristia seja um constante olhar para o exemplo de Maria, que sendo Mãe soube amar e entender a vontade de seu Filho e mais perfeitamente servi-Lo com a doação da sua vida e participação no sofrimento do alto da cruz, a Missa de sempre.


Por Allan Felipe


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