Com razão se considera a Liturgia como o exercício da função sacerdotal de Cristo. Nela, os sinais sensíveis significam e, cada um à sua maneira, realizam a santificação dos homens; nela, o Corpo Místico de Jesus Cristo - cabeça e membros - presta a Deus o culto público integral.
Portanto, qualquer celebração litúrgica é, por ser obra de Cristo sacerdote e do seu Corpo que é a Igreja, ação sagrada por excelência, cuja eficácia, com o mesmo título e no mesmo grau, não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja.
Sacrosanctum Concilium, nº 7.
Durante o Ofertório, há hoje uma participação simultânea do sacerdote e dos fiéis. Enquanto o padre prepara o Altar para o sacrifício, com o auxílio dos ministros, os fiéis levam ao Altar as oferendas, em procissão.
Depois de terminado o canto do ofertório e a preparação das oferendas, o sacerdote diz: “Orai irmãos e irmãs...”. Esse é um convite à assembleia, ou seja, um invitatório, que significa um convite à oração, como forma de introdução. A partir desse momento, toda a assembleia permanecerá em pé, acompanhando os ritos que prosseguem, com algumas variações.
Apenas para lembrar algumas partes e suas nomenclaturas, leia o post sobre a Liturgia Eucarística.
No momento da consagração, durante a Oração Eucarística, os fiéis se ajoelham durante a epiclese e ficam até a resposta ao “Eis o Mistério da Fé...”.
Os fiéis ficarão sentados durante o ofertório e após a comunhão, com o silêncio de ação de graças.
Durante a Oração Eucarística, são feitas três genuflexões pelo sacerdote. Uma após a elevação da hóstia (“...Isto é o meu corpo, que será entregue por vós.”). A segunda é feita a pós a elevação do cálice (“... Fazei isto em memória de mim.”). A terceira se dá após o sacerdote fazer a fração da hóstia, antes da comunhão.
Além das genuflexões, as rubricas (indicações do quê e como deve ser feito) do Missal Romano indicam os momentos em que o sacerdote realiza outros gestos e ações como estender os braços, unir e estender as mãos, traçar o sinal da cruz, fazer inclinação etc.
Algumas dicas práticas:
- Durante toda a Oração Eucarística, é permitido aos fiéis participarem apenas com as respostas. É errado proclamar as orações junto com o sacerdote;
- Quem por motivos de saúde não puder ajoelhar durante a consagração, deve permanecer em pé;
- Durante o Pai Nosso, o único que abre os braços é o sacerdote. Os fiéis devem apenas dizer juntos a oração;
- No rito da Paz, todos devem saudar apenas os que estão mais próximos, para evitar dispersões;
- Antes de comungar, devemos fazer no mínimo uma inclinação profunda a Jesus Eucarístico que vamos receber;
Após a comunhão, os fiéis ficam em pé para a Oração depois da Comunhão e sentam-se novamente para ouvir os avisos da comunidade. Para a Benção Final, todos devem fazer uma inclinação durante as palavras do sacerdote e após a benção, traçar o sinal da Cruz.
O último gesto do sacerdote é o ósculo do Altar, semelhante ao que acontece nos Ritos Iniciais. Após isso, o sacerdote e os ministros auxiliares fazem uma vênia para o altar e voltam em procissão para a sacristia, terminando assim a Santa Missa. Aos fiéis, é indicado que façam um momento de ação de graças em seus lugares e, ao saírem da igreja, façam uma genuflexão para o Sacrário e em seguida, o sinal da cruz.
No geral, com essa série de posts falamos sobre os principais gestos e ações litúrgicas que vemos sempre na Santa Missa, pois são comuns a todas. Entretanto, há alguns gestos e ações que não são feitos em todas as missas, como a incensação, outros apenas em tempos litúrgicos específicos, como o ritual do Lava-pés. Este será o tema do post da próxima semana.
Alguma dúvida? Mande pra gente!
Referências:
- Instrução Geral do Missal Romano
Por Thiago Silva.