Os gestos e atitudes corporais, tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo, visam conseguir que toda a celebração brilhe pela beleza e nobre simplicidade, que se compreenda a significação verdadeira e plena das suas diversas partes e que se facilite a participação de todos. Para isso deve atender-se ao que está definido pelas leis litúrgicas e pela tradição do Rito Romano, e ao que concorre para o bem comum espiritual do povo de Deus, mais do que à inclinação e arbítrio de cada um. IGMR - 42
Como vimos na série de posts anterior sobre
as quatro partes da Santa Missa, em cada uma delas o sacerdote, os ministros
auxiliares e o povo na assembleia possui um papel fundamental na Liturgia. São
estes os responsáveis por todas as ações, que devem acontecer de forma ordenada
e da forma mais solene possível. Deve haver também o cuidado para que todas
essas ações sejam realizadas de forma consciente. Por que fazemos o sinal da
Cruz? Por que há momentos em que estamos sentados? Em pé? Por que ajoelhamos?
Qual o significado desses movimentos e gestos?
Todas essas perguntas serão respondidas de
forma clara aqui no Liturgia Jovem. Vamos então começar a falar, no geral, sobre
algumas delas. A partir dos próximos posts, entraremos em cada uma das partes
da Missa e falaremos o que acontece em cada uma delas, de acordo com a
Instrução Geral do Missal Romano.
Estar em pé
É a posição do Cristo Ressuscitado, atitude de
quem está pronto para obedecer, pronto para partir. Indica também a atitude de
quem acolhe em sua casa. Estar de pé demonstra prontidão para por em prática os
ensinamentos de Jesus;
Estar sentado
É a posição de escuta, de diálogo, de quem
medita e reflete;
Estar ajoelhado
É a posição de quem se põe em oração profunda,
confiante. "Jesus se afastou deles à distância de um tiro de pedra,
ajoelhou-se e suplicava ao Pai..." (Lucas 22,41);
Genuflexão
Faz-se dobrando o joelho direito até o solo.
Significa adoração, pelo que é reservada ao Santíssimo Sacramento, quer
exposto, quer guardado no sacrário. Não fazem genuflexão nem inclinação
profunda aqueles que transportam os objetos que se usam nas celebrações, por
exemplo, a cruz, os castiçais, o Evangeliário;
Prostração
Significa estender-se no chão; expressa
profundo sentimento de indignidade, humildade, e também de súplica;
Inclinação
É uma atitude intermediária entre estar em pé
e ajoelhar-se. Sinal de reverência e de honra que se presta às pessoas ou às
imagens;
Bater no peito
É expressão de dor e arrependimento dos
pecados;
Caminhar em procissão
É atitude de quem não tem morada fixa neste
mundo: não se acomoda, mas se sente e caminha na direção dos irmãos e
irmãs;
Silêncio
É atitude indispensável nas celebrações
litúrgicas. Indica respeito, atenção, meditação, desejo de ouvir e aprofundar a
palavra de Deus;
A IGMR também destaca o silêncio como
elemento fundamental para o decoro da Liturgia, conforme o parágrafo 45:
Também se
deve guardar, nos momentos próprios, o silêncio sagrado, como parte da
celebração. A natureza deste silêncio depende do momento em que ele é observado
no decurso da celebração. Assim, no ato penitencial e a seguir ao convite à
oração, o silêncio destina-se ao recolhimento interior; a seguir às leituras ou
à homilia, é para uma breve meditação sobre o que se ouviu; depois da Comunhão,
favorece a oração interior de louvor e ação de graças.
Em nosso próximo post, falaremos sobre os gestos e atitudes corporais
nos Ritos Iniciais.
Você tem alguma dúvida? Envie pra gente!
Referências:
-
Instrução Geral do Missal Romano
Por Thiago Silva
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