Evangelho da Festa de Apresentação de Apresentação do Senhor (São Lucas 2, 22-40)
Jesus, o Primogênito foi consagrado a Deus e Maria, sua mãe, purificada. Eis o pleno cumprimento da lei de Moisés: em Levítico 12, 2-8, a purificação da mãe se cumpria quarenta dias após o parto, neste período a mulher não poderia frequentar nenhum lugar sagrado, já que era considerada impura devido ao sangue derramado durante o parto; a cerimônia consistia na oferta de um cordeiro ou para famílias pobres um par de rolas ou dois pombos.
A consagração dos primogênitos está prescrita em Êxodo 13,11-16 e era considerada com uma espécie de “resgate” – lembrando a ação salvífica quando Deus libertou os israelitas da escravidão do Egito. Resgatando o próprio filho, o pai dizia: “Te resgato porque eu também fui resgatado quando o Senhor nos tirou com mão forte da casa da escravidão” (Ex 13,2.11-16). Judeus, obedientes, submeteram o menino a lei, para que ele se desenvolvesse conforme a Escritura.
Simeão, após louvar a Deus, agradecendo-o por ter contemplado a salvação com seus próprios olhos, adverte Maria, sobre a "revolução" que Jesus faria, de toda contradição que Israel sofreria, de como as pessoas teriam que mudar, para servir a um Deus de amor, que é capaz do absurdo para salvar seus filhos, para encaminhá-los para Ele; e como ela sofreria ao ver seu filho ser perseguido, insultado, humilhado. Maria representa o percurso: deve confiar, mas enfrentará dores e escuridões, lutas e silêncios angustiantes. A anciã que prega e anuncia os interlocutores que aparecem indiretamente envolvidos.
Pai, a exemplo de Simeão e de Ana, faze-me penetrar no mais profundo do mistério de teu Filho Jesus, faze que os meus olhos vejam a Salvação que vem de Vós e como eles vos proclame aos membros da minha família. Amém!
Por Daiane Alcântara
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