domingo, 29 de setembro de 2013

Ai de vós ricos - Evangelho dominical (29/09)

Evangelho do 26º Domingo do Tempo Comum (São Lucas 16, 19-31) 


A parábola de hoje nos recorda o sermão da Montanha (Lc 6,24), que diz: "Ai de vós ricos". 


O evangelho nos adverte quanto ao acúmulo de riquezas materiais, intelectuais e até mesmo afetivas, que possam nos afastar de Deus e de seu Reino. Jesus em sua caminhada na terra, nos propõe o desprendimento de si mesmo e das coisas materiais, e a fraterna partilha dos dons e bens, nos colocando a serviço de nossos irmãos mais necessitados.

Jesus ao contar esta parábola faz uma critica social aos escribas e fariseus que julgavam-se dignos da misericórdia de Deus. Sendo assim o relato nos ensina pelo menos duas grandes lições: status e o reconhecimento social do presente não servem para a recompensa futura; e o destino eterno de cada pessoa é decidido nesta vida, e jamais poderá ser revertido após a morte, mesmo com intervenções.

Os fariseus e escribas se consideravam salvos devido a descendência de Abraão, porém Jesus nesta parábola nos afasta a ideia de um Deus milagroso, que entrega sem critérios o que os homens desejam, e nos trás a tona um Deus que está sempre vivo e presente porém que é justo e não interfere em nossas decisões pessoais, deixando claro que para obter vida eterna, o ser humano precisa viver em plena conformidade com a vontade de Deus revelada através de “Moisés e os profetas”.

A inversão dos papeis é utilizada por Jesus para nos mostrar que devemos nos converter enquanto a tempo. O pobre participa do banquete eterno e o rico sofre por ter escolhido uma vida individualista e egoísta. Um abismo novamente os separam, e quem estende a mão mendigando salvação é o homem rico. A parábola nos faz refletir, deixando claro a capacidade humana de optar e decidir por si próprio o seu destino.


Por Daiane Alcantara


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