quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A Liturgia no nosso dia a dia - Sinal da Cruz

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
A liturgia usa muito a linguagem dos sinais, dos gestos e das posições. Geralmente utiliza-se dos cinco sentidos para melhor celebrá-la (Visão, Audição, Tato, Olfato e Paladar). O primeiro sinal, o mais importante e o mais conhecido é o Sinal da Cruz. Já no catecismo da Primeira Comunhão aprendemos que o Sinal da Cruz é o sinal do Cristão. 


O Sinal da Cruz é riquíssimo em significado. Por Ele expressamos, anunciamos três verdades ou dogmas fundamentais da nossa religião: o Dogma da Santíssima Trindade, da Encarnação e da Morte de Jesus Cristo. Quando você diz: “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, você está proclamando o Mistério da Santíssima Trindade. Quando você leva a testa as pontas do dedo da mão direita aberta, dizendo”: “Em nome do Pai”… você desse com a mão na vertical e toca na altura do estômago continuando: “…e do Filho”, você está indicando o mistério da Encarnação: o Filho de Deus desceu ao seio da virgem Maria. Depois, levando a mão direita para o ombro esquerdo (e do Espírito…”) você completa a cruz tocando o ombro direito (“…Santo…”), você está indicando a morte de Jesus na Cruz. 

Mas, veja bem: Jesus morreu numa cruz e a cruz é formada por uma haste vertical e uma haste horizontal, não é? O sinal da cruz de muita gente parece mais um espanador ou coisa que o valha . o indivíduo dá uma “espanada”, umas “voltinhas” com a mão direita na frente do peito, depois de ter dado uma apontada com o indicador para cima… mas do que um sinal é um trejeito da Cruz. E depois termina dando um beijinho nos dedos; ou, se quiser, um tapinha na boca. Olhe Cristo não morreu pregado num espanador, mas numa Cruz. 

Façamos o sinal da cruz com a mão direita aberta, toque a testa com a ponta dos dedos, dizendo: “Em nome do Pai …” desça em linha vertical até a altura do estômago: “…e do Filho…” leve a mão ao ombro esquerdo: “…e do Espírito…", leve a mão ao ombro direito e conclua: “Santo. Amém”. E não precisa dar o “tapinha na boca” nem beijar os dedos. Devemos sempre através de nosso exemplo de Cristãos autênticos buscar corrigir nossos irmãos que ainda não conhecem e ensiná-los o significado importantíssimo do sinal da cruz, usando-o é claro, o bom senso para não ferir nem magoar ninguém. Sinal este que hoje, muitas vezes, passa despercebido seu verdadeiro significado. 

Existe uma grande probabilidade de que o sinal da cruz seja de origem apostólica. São Basílio de Cesareia diz no seu tratado sobre o Espírito Santo que existem várias tradições que foram recebidas dos apóstolos que não estão escritas nas Sagradas Escrituras. E diz mais: "para relembrar o que vem primeiro e é mais comum, quem ensinou por escrito a assinalar com o sinal da cruz aqueles que esperam em Nosso Senhor Jesus Cristo?" ou seja, o sinal da cruz, no século IV, já era tido como de origem apostólica. 
"Em cada caminhada e movimento, em cada entrada e saída, no vestir, no calçar, no banho, no estar à mesa, no acender as luzes, no deitar, no sentar, no lidar com qualquer ocupação, marcamos a testa com o sinal [da cruz]." 


Persignação 


Nós cristãos temos este belo costume de persignar-se, ato ou efeito de benzer-se, fazendo três cruzes com o dedo polegar da mão direita, uma na testa outra na boca e outra no peito. Existe uma piedosa explicação que nos diz que a cruz na testa é para Deus nos livrar dos maus pensamentos; na boca, para nos livrar das más palavras; e, no peito, para nos livrar das más ações. Mas existe um sentindo Litúrgico mais abrangente e expressivo para o verdadeiro cristão autêntico na fé e na boa nova do Evangelho: A cruz na testa, lembra que o Evangelho deve ser entendido, estudado, conhecido; a cruz nos lábios lembra que o evangelho deve ser proclamado, anunciado (missão de todo cristão); e a cruz no peito, à altura do coração, nos indica que o evangelho, acima de tudo, deve ser vivido, pregado e testemunhado por todos os que acreditam que Cristo ressuscitou. Também o Cristão que for fazer a proclamação e leitura da Boa Nova, deve fazer a cruz na leitura do Evangelho a ser lido, indicando com isso que cada palavra pronunciada seja um despertar para cada cristão ser luz e sal para o mundo. 

O momento em que geralmente fazemos o persignar-se é na liturgia da palavra, quando nos preparamos para ouvir a Palavra de Deus. Devemos com isso também estarmos de Pé, indicando com essa posição, que estamos prontos para seguir, dispostos a marchar com Jesus para onde Ele nos levar.


Vimos aqui e aqui.


Por Vitor Santos


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