Entre os gestos contam-se também: as ações e as procissões do sacerdote ao dirigir-se para o altar com o diácono e os ministros; do diácono, antes da proclamação do Evangelho, ao levar o Evangeliário ou Livro dos evangelhos para o Ambão; dos fiéis ao levarem os dons e ao aproximarem-se para a Comunhão. Convém que estas ações e procissões se realizem com decoro, enquanto se executam os cânticos respectivos, segundo as normas estabelecidas para cada caso. IGMR 44.
Como vimos, a Santa Missa possui diversos
gestos que falam por si só e que estão diretamente ligados ao decoro pela
Sagrada Liturgia. Além dos já citados, falaremos agora sobre alguns que
geralmente são omitidos, ou seja, não estão presentes em todas as celebrações.
Seguindo o que diz o quarto capítulo da
Instrução Geral do Missal Romano, já falamos sobre a veneração ao Altar e ao
Evangeliário; sobre as reverências (vênias) e genuflexões. Agora resta falarmos
sobre as incensações e purificações e algumas outras ações realizadas na Semana
Santa.
Incensação
O parágrafo 276 da IGMR diz: O queimar incenso ou a incensação
exprime reverência e oração, como vem significado na Sagrada Escritura (cf. Salmo
140, 2; Ap 8,3)
Pode usar-se o incenso em qualquer forma de celebração da Missa:
- durante a procissão de entrada;
- no princípio da Missa, para incensar a cruz e o altar;
- na procissão e proclamação do Evangelho;
- depois de colocados o pão e o cálice sobre o altar, para
incensar as oblatas, a cruz, o altar, o sacerdote e o povo;
- à elevação da hóstia e do cálice, depois da consagração.
Em relação às formas de incensação, o uso do incenso e do
turíbulo, falaremos em breve aqui no blog Liturgia Jovem.
Purificações
As purificações são, para a Liturgia, os atos
de limpar ou de tornar algo puro. Nesse caso, falamos dos objetos litúrgicos
usados na Santa Missa, que são purificados após a sua utilização.
O parágrafo 279 da IGMR diz: Os vasos
sagrados são purificados pelo sacerdote ou pelo diácono ou pelo acólito
instituído, depois da Comunhão ou depois da Missa, quanto possível na
credência. O cálice é purificado com água ou com vinho e água, que depois é
consumida por quem o purificar. A patena se limpa normalmente com o sanguinho.
A finalidade das purificações é recolher os
possíveis fragmentos do Corpo e Sangue de Cristo que fiquem sobre os vasos
sagrados.
Aspersão
Embora hoje em dia não seja comum, o rito da benção e aspersão da
água pode ser realizado em todas as Missas dominicais, substituindo o ato penitencial.
Além disso, nas celebrações da Vigília Pascal, na Dedicação da Igreja, na
celebração das Exéquias e nas celebrações que recordam o Batismo, os fiéis são
aspergidos com água benta, como forma de purificação e renovação do compromisso
batismal.
Imposição das Cinzas
Acontece na Quarta-feira de Cinzas, onde os fiéis iniciam o Tempo
da Quaresma recebendo na fronte uma cruz com as cinzas dos ramos queimados do
ano anterior. O significado é a condição pecadora do homem.
Procissão com os ramos
Celebrada no Domingo de Ramos, a Igreja recorda a entrada de Jesus
Cristo Em Jerusalém para realizar o seu mistério pascal. Inicia-se uma
procissão com os fiéis levando ramos nas mãos com destino à igreja onde será celebrada
a Santa Missa.
Ritual do Lava-pés
Durante a Celebração da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa, os
sacerdotes fazem o Rito do Lava-pés. Esse rito consiste na ação do próprio
Cristo na última ceia, onde lavou os pés dos apóstolos.
Adoração da Cruz
Durante a Celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-feira da
Paixão, os fiéis fazem um momento de adoração, exprimindo a reverência com uma
genuflexão ou outro sinal apropriado, como um beijo.
Finalizamos aqui essa série sobre os gestos e atitudes corporais
na Santa Missa. Nós do Liturgia Jovem desejamos que todos possam aprender mais
com as leituras em nosso blog. Na próxima semana, começaremos uma nova série de
posts sobre os Ofícios e Ministérios da Santa Missa.
Alguma dúvida? Mande pra gente!
Referências:
- Instrução Geral do Missal Romano
Por Thiago Silva.
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