sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A Celebração Eucarística e o Ano da Fé

Em outubro de 2012 o então papa emérito Bento XVI convidou toda a igreja a redescobrir a luz da verdadeira fé, e a entender quais os passos necessários para o crescimento e a maturação da nossa fé. Bento XVI exortou ainda que se trata de uma caminhada que exige coragem e constante dedicação, na certeza de que entender a fé não é algo longe das nossas possibilidades de filhos muito amados por Deus, mas se trata de um desejo do próprio Deus que o busquemos e o encontremos.

Como podemos redescobrir a luz da verdadeira fé? Como é possível aumentar a nossa fé? Tais indagações são respondidas na medida em que celebramos a nossa fé, e é aí onde está a sua estreita ligação com a liturgia.

Pela sagrada liturgia da missa é possível um encontro muito especial com a maior riqueza que foi confiada a Igreja, o próprio Cristo morto e ressuscitado. Este encontro somente é possível na medida em que celebramos o misterium fidei (mistério da fé). Participar da celebração Eucaristia é o maior ato de fé cristã e consequentemente o melhor modo de aumentar a fé, justamente por se tratar da celebração do mistério pascal do Cordeiro, e onde nos alimentamos de sua palavra e deu próprio Corpo e Sangue que nos possibilitam a vida eterna. Eucaristia e fé possuem laços que formam a melhor resposta do homem para Deus que primeiramente se revela e se deixa encontrar. Celebrar a Eucaristia é celebrar a fé, e assim dar este passo que Bento XVI mencionou ser desafiador, pois estamos remando contra as correntes deste mundo que vive de maneira subjetivista e relativista e constantemente colocam os valores da vida em risco e não vivem outra esperança além do material e do mundano.

Está ai o grande desafio do cristão, redescobrir a fé e utilizar da Eucaristia como principal fundamento, pois Eucaristia e fé não se separam. Pela atenciosa escuta da palavra e na
fraterna partilha do pão, formamos a escola da fé que tem como grande mestre o próprio Cristo que se deixa conhecer e ser amado. Tem grande responsabilidade aqueles que se dedicam as funções litúrgicas, pois agem como verdadeiros propagadores da fé e instrutores das ações reveladoras de Deus ao homem. Ações litúrgicas são mais que símbolos, são expressões da ação salvadora de Deus para o seu povo. Atuam como verdadeiros exercícios da fé, fortalecem a caminhada do Cristão e favorecem nossa comunhão com os sacramentos.

Portanto, uma liturgia eucarística bem celebrada é consequência de uma fé bem vivida, é característica de quem se deixa formar pelo Mestre, e por Ele mesmo é conduzido pelas estradas deste mundo que oferece ideologias de falsas verdades que fundamentam a si mesmo, e ainda colocam de lado os valores que sustentam a fraternidade e a prática da caridade, características dos discípulos missionários de Cristo.


Missa pela eleição do novo papa e encerramento do conclave.
Devemos ter contínuo cuidado de não deixar a nossa fé adormecer, caso contrário poderá acender em nós as chamas da incredulidade e do conformismo com tantas práticas de morte que se disfarçam em falsos direitos, mas não passam de caminhos que favorecem mais e mais a perdição do ser humano, um ser tão querido e amado pelo seu criador. Que a conclusão do Ano da Fé, na solenidade de Cristo Rei a ser celebrada em novembro, revigore mais e mais nosso amor à sagrada Eucaristia, fonte e ápice da vida de toda a Igreja, e nos sustente mais e mais nesta missão constante de redescobrir a fé e sermos cristãos autênticos.

Por Allan Felipe da Silva


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